terça-feira, 27 de dezembro de 2016

ANSEIO

Anseio pela pátria
Onde o pecado desce limpo
E o ódio sobe alado

Sou mundano mesmo
E aos poucos vou moldado
Seguindo o ritmo do tempo
Às vezes altamente amado

Muitas vezes morto
Tristemente só
Alheio a pensamentos
Afogo-me de sol

Vejo a quem não quero
Mato a unhas esse teu olhar
Enterro-te a meia luz
Dentro de mim, o teu lugar.

Padeço nas horas vagas
Poetizo a poeira do sofá
Que cheira teu suor saudoso
Que tantas vezes nos viu no mar

Beijo tua boca mansa
Peço que volte para me visitar
Qualquer toque já percebo
A ingratidão do teu amar.

Pois então vá
Não preciso muito de ti
Tenho todas as meninas
Pra me divertir

O dia nasce torno
Branco, horroroso
É o primeiro dia sem você
Que venham muitos outros

O dia nasce frio
Lindo, sadio
É o segundo dia sem você
Mortalmente infantil

O dia já pra mim não nasce
Põe-se a luz e logo apaga
Lucidez noturna, maldita
Vejo tudo entre as tabuas

Quero agora distancia dos teus meigos
amores
Dos teus lindos adjetivos pueris
Todavia tenho certeza que por mais que meu
corpo enoje-te
Minha alma anseia por ti.

D’ANGELO


Comemoração Histórica

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