sexta-feira, 3 de março de 2017

PERIPÉCIAS CANTAROLANTES

Um toque na mão, seu Zé.
Meu passado é escrito em letras tristes, com pedras na coroa, sangue daquela patroa miúda, nas cordas, no ferro, no santo fogo, e que fogo, bebo fogo, liquor mágico da inexistência universal.
Tribalmente triste, Dona Maria. Perdeu teu filho mas ganhou meu mundo, tal qual ele e seis filhos do Francisco. São paulo além das vielas e muros, além da capital.
Sigo fruto de um ócio massivamente trabalhado, compulsivo, amado por quem conhece, odiado por quem ouve falar.
Sigo, transformando meu passado em peripécias cantarolantes, e vice versa, essas palavras num passado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário